terça-feira, 23 de agosto de 2016

Anita Malfatti

Anita Malfatti nasceu em São Paulo. Filha de Samuel Malfatti, engenheiro italiano e Betty Krug, de nacionalidade norte-americana.
Aos 3 anos de idade foi levada para a Itália para tentar corrigir a atrofia no braço e na mão direita, com a qual nascera, derivada de uma má formação congênita. Porém não recebendo resultados satisfatórios passa a ter a sua disposição uma governanta inglesa que lhe ajuda a desenvolver o uso da mão esquerda.
Aprendeu a pintar com a mãe, que exercia o ofício de professora de línguas e pintura, para sustentar a família, após a morte do pai.
Iniciou seus estudos no colégio São José. Formando-se como professora na Mackenzie, em 1897.
Estudou na Europa. Frequentou aulas no ateliê de Friz Burger e matriculou-se na Academia de Belas Artes de Berlim onde estudou pintura expressionista.
Em 1914 voltou para o Brasil, e fez uma exposição na Casa Mappin, sem grande repercussão. Em 1915 viajou para os Estados Unidos, onde estudou na Arts Estudants League orientada por Homer Boss. Teve nesta época a liberdade de pintar sem restrições estéticas, produzindo seus melhores quadros.
Em 1917 voltou ao Brasil e realizou em 20 de dezembro uma exposição individual com 53 quadros, alguns dos quais se tornaram clássicos da pintura moderna. Considerada um marco de renovação das artes plásticas brasileiras. Sua mostra expressionista foi alvo de críticas, expostas no artigo intitulado “ Paranoia ou Mistificação? Redigida pelo escritor e crítico de arte do jornal O Estado de São Paulo, Monteiro Lobato. Onde este afirma que Anita deixou-se influenciar por Picasso e sua turma.
Também foi defendida por seus amigos Mário de Andrade, Oswald de Andrade e Menotti del Picchia. Porém após tais críticas todos os quadros vendidos tiveram de ser devolvidos. E Anita abalada afastou-se da pintura.
Participou da Semana de Arte Moderna de 1922, incentivada por seus amigos, entre eles Tarsila do Amaral.
Realizou exposições em Berlim, Paris e New York. Havendo muitos quadros de sua autoria em importantes museus brasileiros.
Morreu em São Paulo, em 06 de novembro de 1964.

Fonte de pesquisa:




Anita Malfatti em 1912.

Modernismo

Corrente artística que surgiu no final do século XIX, como resposta às consequências da

industrialização, revalorizando a arte e a sua forma manual.



MODERNISMO NO MUNDO


Na Europa, é marcado pelo avanço tecnológico e científico do início do século XX. Nesse

período, o cotidiano das pessoas sofre uma forte transformação com a supervalorização do

progresso e da máquina. O Capitalismo entra em crise dando início à Primeira Guerra

Mundial. A seguir, a crise financeira, originária do conflito, leva à Segunda Guerra Mundial e

nos anos entre as duas guerras as pessoas passam a conviver com a incerteza e com o desejo

de viver somente o presente.  


MODERNISMO NO BRASIL


O Modernismo foi um movimento que desencadeou a Semana de Arte Moderna de 1922. 

Características: 

- Desejo de liberdade de criação e expressão; 

- Ideias nacionalistas; 

- Visava libertar-se da dependência europeia;

Semana de Arte

Aconteceu no Teatro Municipal de São Paulo, entre os dias 13 e 18 de fevereiro de 1922. contou com a participação de vários artistas do Rio de Janeiro e de São Paulo. É considerado como um divisor de águas na cultura brasileira.
O evento provocou profundas mudanças nas artes de nosso país, que romperam definitivamente com a cultura europeia ao propor o abrasileiramento nas artes plásticas, na música e na literatura. Começava uma busca incessante pela construção de uma identidade nacional, distante dos moldes europeus que representavam pouco o povo brasileiro.

Reportagem


O homem a quem tivemos o privilégio de entrevistar chama-se Luiz Nemeth. Possui 70 anos. E mesmo aposentado, produz brinquedos com materiais recicláveis, apresentando seu trabalho em museus como o nosso, em Santana de Parnaíba.
            Os brinquedos que cria e apresenta em exposições tem a finalidade de mostrar os passatempos com os quais se ocupavam, grande parte, das gerações anteriores a nossa. Encantando crianças e reavivando momentos maravilhosos da infância de muitas pessoas que tem a oportunidade de conhecer sua arte.
             Aprendeu a produzir brinquedos de todos os tipos, inclusive usando da física ou energia elétrica, com seu pai, que veio da Áustria.

             O pai de Luiz fez parte da arte e história de nosso país, pois veio para o Brasil, na época em que a cafeicultura era o auge econômico do Brasil. Inclusive Nemeth conta que seu pai ao vir para cá, ficou alojado no Museu dos Imigrantes que servia de abrigo para os estrangeiros, na época.  



PERGUNTAS:

1)    Você já visitou algum museu ou galeria de arte? Gostaria?
Sim, vários, não somente no Brasil, mas também no exterior. Por exemplo já estive no Masp, no Museu da Nasa, no Memorial da América Latina e em museus na França e nos Estados Unidos.

2)    Você sabe algo sobre a Semana de Arte Moderna de 1922?
Não.

3)    Já ouviu falar algo a respeito dos artistas da Semana da Arte Moderna?
Li algo a respeito, inclusive já estive no Museu de Mário de Andrade.

4)    Já ouviu falar de Anita Malfatti?
Sim.
5)    Conhece alguma de suas obras?
Já li sobre sua composição “ O Homem Amarelo”.

6)    Anita costumava retratar pessoas comuns, ou somente atender ao pedido de alguém que quisesse ser retratado. Você já presenciou tal circunstância? Já foi retratado por algum artista?
Sim, na Praça Leonardo Da Vinci, na França. Onde poderia se avistar vários artistas retratando inúmeras pessoas ao longo da praça.

OBRA: Itanhaém

Anita procurava transmitir a “ternura brasileira” que não encontrava na arte da época. Para transmitir essa mensagem, achou que a sua técnica antiga era “muito violenta, inacessível à massa” – assim, procurava uma técnica simples, acessível a todos. Procurou cada vez mais esquecer escolas, teorias. Chegaria a declarar, em 1957, que estava “tentando pintar apenas a vida, sem quaisquer preocupações artísticas”, concluindo mesmo: “Se conseguir fazer isso, estarei satisfeita”.

Ficha técnica:

Ano: 1948-49
Dimensões: 72x92
Técnica: Óleo sobre tela
Localização:  Manuel Alceu Affonso Ferreira, SP.


Fonte de pesquisa:
https://obrasanitamalfatti.wordpress.com/


OBRA: As duas Igrejas

No final da sua carreira, Anita transforma radicalmente seu jeito de pintar. Ela declara querer abandonar as fórmulas internacionais, e pintar de forma cada vez mais simples. A temática também muda: a introspecção, e os retratos de forte expressão psicológica são substituídos pela representação da “alma brasileira”. Segundo a própria artista: “É verdade que eu já não pinto o que pintava há trinta anos. Hoje faço pura e simplesmente arte popular brasileira. É preciso não confundir: arte popular com folclore. (…) eu pinto aspectos da vida brasileira, aspectos da vida do povo. Procuro retratar os seus costumes, os seus usos, o seu ambiente. Procuro transportá-los vivos para as minhas telas. Interpretar a alma popular (…) eu não pinto nem folclore, nem faço primitivismo. Faço arte popular brasileira”

Ficha técnica:

Ano: 1940
Dimensões: 53,8x66
Técnica: Óleo sobre tela
Localização:  Particular, SP.


Fonte de pesquisa:

https://obrasanitamalfatti.wordpress.com/



OBRA:La rentrée (interior)

Apesar do recuo da atitude de vanguarda, Anita ainda era capaz de produzir grandes obras, sem abandonar a sua influência do humanismo expressionista, revelando a preocupação introspectiva e psicológica da artista.

Ficha técnica:

Ano:  1925-27
Dimensões: 88x115
Técnica: Óleo sobre tela
Localização:  Pedro Tassinari Filho, SP.


Fonte de pesquisa:

https://obrasanitamalfatti.wordpress.com/